IMPASSE

 Emperra cessão de 60 leitos do HUOL para o Estado

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) mantém a proposta de conceder os 60 leitos previstos pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde para amenizar os problemas enfrentados pelo Governo do Estado em seus principais hospitais. A garantia foi dada pela reitora da UFRN, acompanhada pelo diretor geral do Hospital Universitário Onofre Lopes, José Ricardo Lagreca, em coletiva de imprensa. “Nosso hospital não será um segundo Walfredo Gurgel. Iremos tomar as devidas providências para que esse convênio dê certo e que o HUOL possa receber o mais breve possível os pacientes com problemas crônicos que necessitarem das instalações”, afirmou a reitora. O único entrave para a cessão dos leitos está numa determinação do Tribunal de Contas da União que considera de má-fé a ação de gestores que contratam pessoas com cargos contidos no Plano de Cargos e Salários. De acordo com o convênio, o estado está responsável pela contratação dos médicos e a UFRN pela contratação de funcionários e fornecimento dos insumos. “A notícia foi, para nós, uma surpresa. O nosso trabalho é agora o de buscar novas formas pra fazer as contratações acontecerem de forma legítima perante a lei”, explica a reitora. No total, serão necessárias 72 funcionários, entre enfermeiros, fisioterapeutas, copeiros e outras funções para que o número de servidores seja suficiente para que o hospital opere normalmente. "Estamos também realizando algumas adequações na estrutura do hospital como pinturas e outra melhorias em áreas que estão desativadas. Já temos 50 dos 60 leitos prontos para receberem pacientes", acrescenta Lagreca. Os rumores de que a UFRN teria desistido de ceder os leitos ao Estado seriam falsos, segundo Ângela Paiva. “O único empecilho é esse impasse burocrático. Mas apresentamos soluções como a contratação de agentes temporários, que depende da aprovação do Ministério da Saúde e do Planejamento ou através de uma seleção simplificada, para que os leitos fossem entregues o mais rápido possível”, frisa.
A reitora ainda se reunirá com a governadora Rosalba Ciarlini e com o Ministério da Saúde para resolver a questão nos próximos dias.

Fonte: Jornal de Fato